segunda-feira, 8 de outubro de 2018


ROMPENDO AS MURALHAS DA IMPERFEIÇÃO


Durante esses 36 anos de ministério, servindo como pastor, conheci centenas de pessoas que, por motivo de preguiça e falta de determinação, se esquivaram de suas responsabilidades como cidadãos do Reino Celestial, ora por um motivo físico, ora por questões de trabalharem muito e não possuírem tempo. Por isso, vêm deixando o tempo passar sobre suas cabeças.

Eu aprendi que, quanto ao tempo, nós podemos administrá-lo. Quanto a questões físicas, Deus nos qualifica em áreas que nos façam sobressair sem impedir nossa comunicação e cumprimento dos nossos deveres cristãos.

Conheci a história de CATHERINE MUMFORD (1829-1890), que muito me fez refletir sobre minha conduta e responsabilidades pessoais e espirituais.

Catherine Mumford nasceu em 1829 em Derbyshire, Inglaterra, em um lar metodista. Seu pai era um pregador leigo ocasional e construtor de carruagens; sua mãe era uma mulher devota, que, depois de o marido rejeitar a graça por causa do alcoolismo, teve uma vida solitária, tendo Catherine como seu único consolo.

Com exceção de um breve período em uma escola para meninas em Boston, Inglaterra, Catherine foi educada em casa. Sofrendo uma curvatura na coluna vertebral e, mais tarde, de tuberculose e angina. Catherine padeceu de dores a maior parte de sua vida.

Catherine teve uma juventude solitária e confinada. Na época em que tinha 12 anos já havia lido a Bíblia inteira cerca de oito (8) vezes. Aos 14 anos já dominava a Teologia Sistemática de Charles G. Finey, além de um grande volume de livros escritos por autores como: Butler, Fletcher, Wesley e outros que escreviam sobre santidade. Tais leituras influenciaram suas fortes mensagens sobre a perfeição cristã, as quais caracterizaram a motivação do Exército da Salvação para o serviço ao mundo. Seus folhetos sobre abstinência ao pecado, inicialmente escritos enquanto adolescente sob um pseudônimo, foram amplamente distribuídos por toda a Europa.

Os Mumfords se mudaram para Brixton, na parte sul de Londres, em 1844. Aos 22 anos ela conheceu William Booth, o qual recitou um poema sobre temperança, na casa de Edward, em 1851. Casaram-se em 1855, e Catherine Mumford passou a assinar como CATHERINE BOOTH. Tiveram 8 filhos, sendo que todos se envolveram no Exército da Salvação, e sete (7) deles foram líderes naquele ministério.

Catherine Booth viveu na atmosfera do avivamento, mergulhou sua vida na história do avivamento e é um exemplo clássico de uma pregadora do avivamento. Seus sermões inteligentes e compassivos, escritos, de início, para auxiliar seu esposo, eram cheios de paixão e falados com convicção, com uma unção que rompeu todas as barreiras, como a da capacidade de uma mulher, chamada por Deus, ter o direito de pregar publicamente o evangelho.

Em uma reunião com os primeiros líderes anarquistas britânicos que ousaram deixar que ela os confrontasse, Catherine escutou calmamente as propostas radicais deles a respeito de justiça social, e respondeu-lhes:

“Cavalheiros, os senhores e eu somos parecidos em muitas áreas. Os senhores odeiam a injustiça, e eu também. Os senhores estão preocupados com a pobreza, e eu também. Os senhores têm passado tempo na prisão por causa de suas crenças, eu também. Mas, cavalheiros, existe uma diferença entre os senhores e eu. OS SENHORES ESTÃO FALANDO, EU ESTOU AGINDO”.